Faltando um ano para a eleição presidencial, dois nomes de extremos opostos ocupam a liderança nas pesquisas: o ex-presidente Lula, que de repente deu uma guinada à esquerda e aprofundou ainda mais seu discurso divisionista de “nós” e “eles”, e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), ex-militar de ideias ultraconservadoras e discurso calibrado para o insulto. No mais recente levantamento do Ibope, Lula tem 35% dos votos, contra 13% de Bolsonaro. Entre um extremo e outro, há 52% do eleitorado, que não sabe em quem votar, diz que votará em branco ou se divide entre vários outros nomes. Esses eleitores, que se assustam com as opções mais radicais, são o motor da busca mais frenética da política atual: a tentativa de encontrar um nome situado mais ao centro do espectro ideológico, como ocorreu na França com Emmanuel Macron, cuja campanha, em apenas um ano, saiu do nada para o triunfo.
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