Secretário descarta motim na PM do Ceará como ocorreu no Espírito Santo



O secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, André Costa, afirma: não há “de forma alguma”, o risco de ocorrer uma crise motivada por uma paralisação da Polícia Militar, como no Espírito Santo. Segundo ele, a manutenção de investimentos do Governo do Estado na área, a valorização do profissional e o diálogo aberto com a categoria afastam a possibilidade de motim no Estado. O titular da SSPDS participou, na tarde dessa quinta-feira, de uma entrevista ao vivo transmitida no Facebook do O POVO.
Planos de cargos e carreiras para PMs e policiais civis, além de um projeto de lei que deve igualar os salários dos militares à média observada no Nordeste, com impacto de R$ 400 milhões na folha anual do Estado, foram algumas das ações citadas pelo titular da SSPDS.
A onda de violência, descartada no Ceará por André Costa, iniciou no Espírito Santo no último dia 4, com familiares dos PMs impedindo o trabalho da corporação naquele Estado, com reivindicações de melhores condições de trabalho. Saques, roubos e pelo menos 149 mortes foram registradas desde então.
“A gente percebe que não é esse o clima (no Ceará). Há sempre um diálogo, e a minha chegada vem pra reforçar esse diálogo. Já sentei com representantes de todas as associações das categorias”, explicou André Costa.
Ações
Além do diálogo, o gestor, empossado há um mês e 11 dias, tem tentado reforçar, em reuniões semanais, o serviço de inteligência das forças de segurança do Estado. Ao O POVO, ele disse acreditar que antes o setor de inteligência não alcançava todo o seu potencial.
“O que a gente percebe é que as inteligências não vinham se comunicando como deveriam. Nós temos a inteligência da Secretaria, da Polícia Militar e da Polícia Civil e não estava havendo uma comunicação como deveria ser”, apontou. As reuniões têm acontecido com a presença das inteligências de outros órgãos como Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. A inteligência é, de acordo com André, uma das principais estratégias no combate ao tráfico de drogas, classificado por ele como a “veia financeira do crime organizado”.
EXISTE ESPAÇO PARA TODO MUNDO. O CAPITÃO WAGNER É UMA LIDERANÇA NA SEGURANÇA PÚBLICA E A GENTE ESTÁ EM CONTATO. O DIÁLOGO É ABERTO COM QUALQUER PESSOA”
André CostaTitular da SSPDS
Outro ponto que, conforme o secretário, recebeu atenção dele foi o caso de viaturas que não eram conectadas à Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). De acordo com André Costa, desde que assumiu, aumentou em 30% o número de viaturas conectadas na Capital à Ciops e 50% na Região Metropolitana. “Espero que a população consiga ver mais viaturas na rua, porque, com esse controle, a tendência é que a gente possa distribuir melhor”, estimou.
Sobre sua escolha para o cargo, André Costa afirmou que foi indicação da Polícia Federal a partir de um perfil traçado pelo governador Camilo Santana (PT), e que seguiu caráter “totalmente técnico”. Questionado sobre uma possível escolha política, para que fizesse frente ao que o deputado Capitão Wagner (PR) representa, o secretário disse não acreditar. “Existe espaço para todo mundo. O Capitão Wagner é uma liderança na área de Segurança Pública e a gente está em contato. O diálogo é aberto com qualquer pessoa”, disse.
SERVIÇO
*Veja íntegra da entrevista em
(O POVO – Repórter Domitila Andrade)

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