‘Tem batom na cueca’, diz Dilma sobre Moro ser ministro


Para Dilma, Brasil

A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (19.nov.2018) que a escolha de Sérgio Moro para o Ministério de Justiça e Segurança Pública do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), é prova de “batom na cueca“.
“A gente pode escolher entre duas metáforas: ou o rei, no caso o juiz, está nu, ou, como dizemos no Brasil, tem ‘batom na cueca’“, disse a ex-presidente em discurso no 1º Foro Mundial do Pensamento Crítico, realizado pela CLACSO (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais), em Buenos Aires, na Argentina.
Para Dilma, o fato de o militar optar pelo responsável por processos em 1ª instância da operação Lava Jato no Paraná representa o uso da Justiça para “condenar, perseguir e interditar“.
O evento, que começou no último sábado (17.nov.), reúne diversas personalidades identificadas com a esquerda política da região, como os ex-presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Argentina, Cristina Kirchner.
“Variante liberal de neofascismo”
O discurso de Dilma durou cerca de 50 minutos. A petista fez considerações sobre o momento político brasileiro, a situação da Argentina, a prisão do ex-presidente Lula, o papel da Justiça e da Lava Jato a eleição de Jair Bolsonaro (PSL).
Para a ex-presidente, a eleição do militar fez o Brasil sair de uma “democracia pra entrar na variante liberal de 1 neofascismo“, que classificou como “1 regime de exceção diferente das ditaduras militares que conhecemos“.
Dilma também argumentou que a vitória do militar na reserva decorreu de uma omissão do Brasil durante o período de transição democrática em julgar o que considerou 1 “terrorismo de Estado” praticado durante o regime militar.
‘Era inimaginável, no Brasil, que a extrema direita ganhasse 1 processo eleitoral‘ afirmou.
A petista afirmou ainda, que a impugnação da candidatura de Lula, “contra quem não há provas, mas delações absolutamente frágeis”, como uma das razões para a vitória de Bolsonaro.
Na 3ª feira (20.nov.), é aguardado 1 discurso de Fernando Haddad (PT) e Manuela d’Ávila (PC do B), candidatos a presidente e vice-presidente da chapa derrotada no 2º turno das eleições de 2018.
MSN

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