Dono de empresa suspeita de impulsionar Bolsonaro fez o mesmo por Dilma



O dono da QuickMobile, uma das empresas sob suspeita de atuar para empresários apoiadores de Jair Bolsonaro (PSL) no disparo de mensagens anti-PT, já esteve envolvido em campanha online similar para impulsionar Dilma Rousseff (PT) no pleito de 2014.
Na época, Peterson Rosa Querino era dono da Door2Doors, que não é mais dele.
Em fevereiro de 2016, o PSDB protocolou uma petição para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investigasse as contas da chapa Dilma/Temer sob a alegação de que existiam pagamentos irregulares feitos à agência Door2Doors, que prestou serviços de disparos em massa de mensagens de celular com informações contra o tucano Aécio Neves, concorrente da petista em 2014.
O pagamento de 4,2 milhões de reais foi feito à Door2Doors e também a outras empresas de marketing digital, a partir do dia 13 de outubro de 2014 pela chapa de Dilma Rousseff. A questão é que todas as companhias que receberam os valores eram de fachada: não se encontravam nos endereços nem prestavam os serviços descritos em seus CNPJs e não possuíam, oficialmente, funcionários. O PSDB apontou a irregularidade ao TSE.
Convém ressaltar que Dilma declarou os repasses da campanha seguindo a legislação vigente no período. Agora, a suspeita é que Bolsonaro tenha usufruído de doações paralelas através dos empresários.
Durante a investigação, descobriu-se que a Door2Doors operava nos bastidores espalhando digitalmente notícias contra Aécio. A estratégia é praticamente igual à que, segundo revelou nesta quinta-feira (18) reportagem do jornal Folha de S. Paulo, pode ter sido utilizada pela Quickmobile para espalhar mensagens contra o PT de Fernando Haddad, rival de Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno da eleição.
Ao se pesquisar sobre o processo de 2016 contra a chapa Dilma/Temer, encontra-se o nome de Peterson Rosa Querino como sócio da Door2Doors. A empresa era, assim como a sua atual QuickMobile, oficialmente sediada em Belo Horizonte (MG). A investigação anterior foi um dos elementos constantes do processo de julgamento da chapa de Dilma/Temer em 2017, após o impeachment da petista e já com Michel Temer (MDB) como presidente.
A coligação acabou absolvida. Já a Door2Doors se transformou em uma empresa de logística.
Fonte: Veja

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