Campanha para o Senado se afunila e a briga pela segunda vaga esquenta



Da Coluna Política de Guálter George, o tópico “Bastidores quentes de uma campanha morna”.
Têm sido dias intensos no comitê do senador Eunício Oliveira (MDB), candidato à reeleição. Parte verdade, parte fofoca, mas o certo é que sinais de resistência à campanha entre candidatos à Assembleia e Câmara Federal no arco de aliança governista criaram tensões internas, cobranças à equipe uma ordem geral de intensificar mais ainda as ações. A coisa andou tensa, muito tensa. O que está parecendo, mesmo que ainda não existam números claros indicando nada nesse sentido, é que não acontecerá o passeio que era esperado quando fechou-se o acordão com a turma do governador Camilo Santana, do PT, e com o grupo de Cid Ferreira Gomes, do PDT e que assumiu a outra posição para a disputa. Parecia que a briga pelas duas vagas acabava ali, mas a história pode não ser bem essa.A campanha de Eunício admite problemas, diz que a maioria deles esteve concentrada nos primeiros dias, em áreas localizadas do PT e do PDT. Hoje, porém, dá-se tudo por resolvido, até causando estranheza as informações que pipocam sobre candidatos que aqui e acolá omitem o emedebista quando falam da eleição para o Senado.
Há relatos até mais incisivos, indicando gente que, após manifestar apoio entusiasmado a Cid Gomes, ao falar na segunda opção aponta o pedido em direção a Luis Eduardo Girão, do Pros e candidato da oposição, de outro palanque e outro envolvimento eleitoral. Local e nacional.Nos últimos dias, falou-se nos casos de Bruno Pedrosa, que tenta reeleição à Assembleia, e Eduardo Bismarck, que disputa o primeiro mandato à Câmara, como exemplos de gente da base que anda trocando de nome na hora em que fala aos seus eleitores sobre a disputa no Senado e a possibilidade de dois votos. Como resposta do emedebista, muitos vídeos, choros e argumentos para negar que as insubordinações estejam acontecendo. Ou, pelo menos, contestar que “continuem acontecendo”.Certo mesmo para quem toca a estratégia eunicista é que a emoção estará garantida até o final da campanha. Até pela necessidade de administrar outros problemas à vista, sendo um deles a necessidade de compatibilizar a agenda de candidato com a do presidente do Senado. O problema maior está, nesse tocante, naquela história de linha de sucessão, obrigando-lhe a uma escapada rápida ao exterior sempre que Michel Temer deixa o País, sob pena de perder a elegibilidade para 2018.Eis a má notícia para Eunício: entre os dias 24 e 26 próximos, no quente da campanha, vai Temer e sua trupe para Nova York, naquele tradicional compromisso anual que tem todo chefe de Governo brasileiro de abrir a Assembleia da ONU. Ou seja, o senador cearense precisará largar suas atividades de candidato e o próprio território nacional por três dias, em plena reta final, para se esconder da lei eleitoral. Uma chance e tanto para os adversários e, muito certamente, eles não deixarão de aproveitá-la.

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