Delator da Lava Jato é preso em operação contra lavagem de dinheiro de tráfico internacional de drogas


Delator da Lava Jato é preso em operação contra lavagem de dinheiro de tráfico internacional de drogas

A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta terça-feira (15) Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, delator da Lava Jato. Ele e outras sete pessoas foram presos em uma operação contra lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas.
Ceará atuava na Lava Jato com o doleiro Alberto Youssef, e firmou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF disse que vai avisar as duas instituições para que avaliem a rescisão do acordo.
Ceará foi preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado, em João Pessoa (PB).
Além do Ceará, outros dois operadores financeiros agem no esquema investigado pela Operação Efeito Dominó, deflagrada nesta terça.
Um deles, Edmundo Gurgel Junior, foi investigado pela PF no caso Banestado, na Operação Farol da Colina, segundo a Polícia Federal. Ele também foi alvo de prisão preventiva.
O outro doleiro preso é José Maria Gomes. A prisão dele é temporária e ocorreu no Rio de Janeiro (RJ). Todos os presos serão levados para a Superintendência da PF, em Curitiba.
Efeito Dominó
Batizada de Efeito Dominó, a ação é um desdobramento da Operação Spectrum, deflagrada em 2017. Na ocasião, Luiz Carlos da Rocha – o Cabeça Branca, um dos maiores traficantes da América do Sul, segundo a PF – foi preso em Sorriso (MT).
Ao todo, são 26 mandados judiciais. Há 18 de busca e apreensão, cinco de prisão preventiva e três de prisão temporária.
Os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e em São Paulo.
Crimes de lavagem de dinheiro, contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa e associação para o tráfico internacional de entorpecentes são apurados pela Operação Efeito Dominó.
A investigação
De acordo com a PF, a investigação policial apontou uma "complexa e organizada estrutura" destinada à lavagem de recursos provenientes do tráfico internacional de entorpecentes.
A estratégia da operação, conforme a PF, é baseada na ligação de interesses das atividades ilícitas dos "clientes dos doleiros" investigados.
De um lado, havia a necessidade de disponibilidade de grande volume de reais em espécie para o pagamento de propinas, segundo a PF. Do outro, de acordo com a PF, traficantes internacionais como – Cabeça Branca – tinham disponibilidade de recursos em moeda nacional e necessitavam de dólares para fazer as transações internacionais com fornecedores de cocaína.
Veja onde os mandados são cumpridos
Rio de Janeiro (RJ)
4 mandados de busca e apreensão e 1 mandado de prisão temporária
Maricá (RJ)
1 mandado de busca e apreensão
João Pessoa (PB)
1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva
Cabedelo (PB)
1 mandado de busca e apreensão
Recife (PE)
3 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva
Fortaleza (CE)
1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão temporária
Brasília (DF)
2 mandados de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva
Campo Grande (MS)
1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão preventiva
Amambai (MS)
1 mandado de busca e apreensão
Dourados (MS)
1 mandado de busca e apreensão e 1 mandado de prisão temporária
São Paul (SP)
2 mandados de busca e apreensão

Com informação da G1

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