Exclusivo! Legista Badan Palhares acompanhará exumação de cadáver em Campos Sales



Será exumado na manhã desta sexta-feira o corpo do fazendeiro Antonio Arrais Gomes, o “Antonio Malaquias” que morreu aos 78 anos e foi sepultado há três anos e quatro meses no Cemitério de Campos Sales. O médico legista Badan Palhares veio ao Cariri exclusivamente para acompanhar a exumação e o corpo será trazido pelo rabecão à Perícia Forense de Juazeiro e, posteriormente, até Fortaleza. Também estará em Campos Sales o legista da PEFOCE no Cariri, Francisco José Sales de Siqueira.
Ele faleceu no dia 17 de outubro de 2014 e existe todo um conflito nas esferas policial e judicial para esclarecer se sua morte foi por causa natural ou um suposto homicídio. Quando morreu estava separado há dez anos da esposa Maria Januária de Souza Gomes, “Dona Nina”, hoje com 78 anos, tendo se juntado com Maria da Penha de Alencar, de 42 anos, filha do morador da Fazenda Touro, uma das pertencentes à “Malaquias” perto da divisa entre Campos Sales e o estado do Piauí.
Para os filhos da vítima no caso Francisca Séfora, Fabiola Maria, Paulo César e Francisco Flávio Arrais Gomes, a amante teria sido o pivô da separação de “Dona Nina” e “Malaquias” o qual era empresário do ramo comercial e de imóveis, agropecuarista possuidor de quatro fazendas e ainda restam dúvidas sobre o seu saldo bancário estimado em R$ 6 milhões. Antes de separar, ele teria até chegado ao ponto de agredir a esposa e já não tinha bom relacionamento com os filhos.
Após isso, foi morar com Maria da Penha, inicialmente, num dos seus imóveis situado na periferia de Campos Sales e, depois, se mudando para outro de sua propriedade onde funcionou a Secretaria de Educação no centro da cidade. Segundo Séfora, além dos comentários na cidade, o próprio pai já desconfiava que era traído por Penha e até chegou a sair à procura da mesma. Num comício em Campos Sales um dos filhos de “Malaquias” chegou a vê-la dentro de um carro.
Semanas antes da morte do pai, Fabíola Arrais veio de Tocantins para visitá-lo e deu conselhos para cuidar da saúde tendo reclamado da ausência de uma alimentação adequada e mais higiene o que motivou desentendimento com a sua companheira. No dia seguinte, “Malaquias” já deu palavras de ordem contrárias às orientações anteriores da filha, mas Penha concordou em contratar uma fisioterapeuta. A profissional de saúde e Fabíola estiveram com o mesmo no dia da morte.
De acordo com Penha, ele teria caído dentro de casa ao passar mal pouco tempo depois e terminou socorrido numa ambulância direto para a sala de reanimação do Hospital de Campos Sales com a ajuda da irmã dele, Dolores Arrais, a qual é muito próxima de Penha e não se entendia com os sobrinhos. Não demorou e “Malaquias” morreu, cujo corpo apresentava feridas contusas, hematoma na cabeça e fratura na costela. O médico que o atendeu atribuiu à queda após passar mal.
Fabíola disse ter estranhado o fato de Penha também apresentar alguns ferimentos e esta comentou ter caído com o mesmo. Além disso, o comportamento dela no período pós-morte quando se opôs a que o corpo fosse trazido para necropsia na Perícia Forense de Juazeiro o que ocorreu após muita luta das filhas. Na Pefoce, a constatação de feridas contusas, hematoma na cabeça e fratura na costela que, de acordo com o exame cadavérico, podem ter sido decorrentes da queda após a ruptura do fígado que ocasionou choque hemorrágico.
O caso foi parar na polícia já que, para as filhas Séfora e Fabíola, o seu pai foi brutalmente assassinado e elas chegam até a sugerir a participação de Antonio Fábio Alves da Silva com quem a “viúva” assumiu relacionamento amoroso cerca de um mês depois durante churrasco numa das fazendas de “Malaquias”. Por isso, cobram os devidos esclarecimentos dos fatos citando um laudo do perito Antonio Barbosa que voltou ao imóvel 13 dias após a morte atendendo solicitação do Delegado de Polícia.
No documento anexado ao Inquérito Policial, o perito disse não ter visualizado nada que possibilitasse tais lesões na vítima descartando a possibilidade de uma queda da cama baixa ou da própria altura. Já o representante do Ministério Público pediu às quebras de sigilos telefônicos de Dolores Arrais, Penha e da empregada doméstica das duas, Maria da Penha Silva. Além disso, entendeu a necessidade da exumação diante das divergências entre exames e laudos existentes nos autos do processo.
O MP solicitou mais a reinquirição do médico que emitiu a declaração de óbito hospital de Campos Sales e a rasgou posteriormente. Os filhos de “Malaquias” estranham, também, o fato de Penha ter protocolado na Comarca de Campos Sales uma petição declaratória de reconhecimento de união estável com o fazendeiro dias antes da morte dele. Já no dia 24 de outubro de 2014 ou uma semana após a morte de “Malaquias”, deu entrada uma petição para abertura de inventário.
Todavia, a Comarca de Campos Sales determinou, no último dia 24 de abril, a intimação de Penha para se pronunciar sobre as manifestações dos herdeiros, inclusive quanto ao pedido de remoção da mesma como inventariante. Além disso, chama a atenção para o andamento do Inquérito Policial ou Ação Penal que apura a circunstância da morte do autor da herança. No depoimento que prestou à polícia, ela nega todas as acusações que lhe são feitas e a reportagem do Site Miséria tentou contato com Penha, mas não conseguiu.
Por Demontier Tenório
Miséria.com.br

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